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Gerenciando Ambientes de TI
“Por que as empresas não gerenciam adequadamente os ambientes de TI”?
Acho que a resposta trivial é porque não é simples, a começar pela estrutura da área de TI que em nove de dez empresas é divida em: operação, sistemas e infraestrutura cada uma com suas subdivisões, os gestores imaginam áreas integradas trabalhando em sintonia, mas a realidade é outra encontramos feudos com diferentes ferramentas e processos de controle, na maioria dos casos as opções para gerenciamento são avaliadas isoladamente (uma das áreas gera a demanda) e quando todos são envolvidos as diferenças de prioridade e pontos de vista tornam-se obstáculos quase intransponíveis. A constante pressão por redução de custos resulta na não preservação de investimentos realizados ou realização de novos investimentos na aquisição de ferramentas para gerenciamento do ambiente de TI e o mais grave é a não retenção dos melhores talentos (substituídos por recursos mais baratos obviamente com menor experiência e conhecimento ou empresas prestadoras de serviço), saber o como e o que deve ser gerenciado já é um grande desafio e não podemos esquecer que não existe solução capaz de gerenciar ambientes de TI sem que exista um processo de gerenciamento de mudanças efetivo com a participação de todas as áreas (manter o ambiente gerenciado adequadamente requererá muito mais esforço da equipe de TI).
A evolução tecnológica com a redução do custo de aquisição dos equipamentos de TI modificou o modelo das soluções de gerenciamento, no passado devido aos altos custos do hardware e software as aplicações missão crítica eram centralizadas em equipamentos de grande porte e a monitoração da performance de componentes e disponibilidade era a regra sendo a ferramenta fornecida pelo fabricante do hardware (na maioria dos casos), hoje temos aplicações distribuídas em plataformas virtualizadas, redes de storage, computação nas nuvens onde tudo acontece na internet falar em gerenciamento de componentes fica sem sentido (é inerente ao processo) o que importa é a performance e disponibilidade dos processos de negócio (a infraestrutura é apenas uma das variáveis da equação) quando procuramos soluções no novo cenário encontramos as proprietárias (grandes players), plataformas Open Source (custo zero), ofertas de software como serviços (SaaS) e uma infinidade de fornecedores que consolidaram toda a oferta em pacotes de serviços os chamados Msps, como definir a melhor solução?
Sinceramente não temos a regra de ouro nem a fórmula do sucesso, mas seguindo alguns passos, as chances de êxito do projeto aumentam significativamente, devemos considerar:
(1) Estrutura da área de TI?
Coloque o organograma na mesa defina o “owner” e time do projeto com as pessoas chaves nas diferentes áreas de TI.
(2) Gerenciamento de mudanças
Caso já exista, valide caso contrário defina em conjunto com todas as áreas um processo de “change” exeqüível contemplando a implementação de um sistema de gerenciamento garantindo a execução do mesmo por todos da equipe de TI.
(3) Defina o que deve ser gerenciado?
(3.1) Relacione todos os elementos físicos da infraestrutura (switches, roteadores, servidores, firewalls, etc.)
(3.2) Relacione todas as aplicações de negócio (erp, bi, portais, etc.)
(3.3) Relacione todos os serviços de TI (login, impressão, antivírus, backup, arquivos, etc.)
(3.4) Correlacione os resultados dos itens 3.1, 3.2 e 3.3 em função da aplicação ou serviço de TI fornecido, criando grupos, exemplo:
Backup à Servidor_1, Servidor_2 e Switch_1 (portas 21 e 23)
ERP à Servidor_Apl_1, Servidor_Apl_2, Servidor_Apl_3, Servidor_Db1, Servidor_ Db2, Servidor_TS_1, Servidor_TS_2, Switch_1 (portas 1,3,5,6,7,18), Switch_2 (portas 1,3,5,6,7,18), Router_Matriz, Router_Filial_1, Switch1_Filial1, Router_Filial_2 e , Switch1_Filial2
(3.5) Priorize em função da aplicação ou serviço disponibilizado em dois grupos, exemplo:
Alta prioridade à ERP
Baixa prioridade à Backup
(3.6) Defina o que será monitorado para cada grupo, exemplo:
No grupo Backup monitoraremos a disponibilidade (servidores, switches e serviços da aplicação) e a utilização (discos e memória dos servidores).
(3.7) Defina os SLAs para todos os grupos, exemplo:
ERP à 98,5%
Backup à 95%
(3.8) Defina os templates para cada grupo baseados na prioridade definida.
Neste ponto saberemos o que e como devemos monitorar o ambiente em relação às aplicações e elementos de TI, o próximo passo é definirmos parâmetros para comparação entre as inúmeras ferramentas e soluções disponíveis no mercado, por exemplo:
Funcionalidades
- Integração de Logs
- Monitoração Distribuída
- Agentes customizados
- Robôs para percepção do usuário
- Aderência ITIL
Escalabilidade e distribuição:
- Monitoramento distribuído
- Instalação remota de agentes
Gerenciamento de rede:
- Módulo de Discovery de Rede
- Módulo de Análise de protocolos
Dashboards Customizáveis
Relatórios:
- SLA
- SLM
- Capacity Planning e Desempenho
- Customização de cortes de horários pelo usuário
- Disponibilidade
- Gráficos em tempo real
Modelo de Licenciamento
Instalação e opções de suporte
Custo
Com todas estas informações podemos analisar corretamente o retorno do investimento (ROI) conscientes do custo real (R$) seguros da escolha correta da solução de gerenciamento ou fornecedor adequado para a monitoração e gerenciamento do ambiente de TI.
Roberto Scaglione
Tecnologia – AquilaTech
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